Diversos artistas de expressão falam sobre como era o mundo há alguns anos atrás, como está hoje e como vai ficar.
Em um certo momento, o escritor Seth Godin fala que a indústria está morta, apresentando uma experiência que aconteceu com ele.
Após receber um rascunho (do livro tipping point) de um amigo sobre como a informação quer ser livre, ele tem uma idéia para escrever um livro e o faz em alguns dias. O livro chama-se "Unleashing the Ideavirus" que fala da facilidade como as idéias se propagam,- e se forem grátis se propagam mais rápido.
Quando o livro está pronto, ele entra em contato como editor, pede para que o livro seja publicado imediatamente e que seja colocado para download gratuito na Internet.
O editor falou que só poderia publicar o livro em um ano pois a agenda dos lançamentos estava lotada e que nem a pau iria por o livro de graça na Internet.
Então Seth resolveu aplicar o que ele estava pregando no livro e colocou ele próprio o eBook para download em seu site. No primeiro dia 3.000 downloads, depois 6.000 downloads, 12.000... depois de algumas semanas milhões de downloads. O eBook era um sucesso.
Então ele começou a receber feedback de diversos leitores e entre eles, muitos falavam que adoraram o eBook mas queriam uma versão impressa.
Seth entrou em contato com uma gráfica que imprimiu o livro e ele mesmo colocou na Amazon.com para vender por US$ 40,00(!). Com o sucesso dos downloads, o livro chegou a #5 no top 10 da Amazon.com e foi traduzido para dezenas de linguas.
Ele ganhou mais com este livro que ele deu do que com qualquer outro livro que ele tenha vendido.
Isto muda tudo... a indústria está morta!
Prezado Mauro: Talvez este seja o X da questão. As editoras sabem que sua margem de lucro vai cair, pelo menos no início do processo. Também sabem que a relação entre autores e editores vai mudar, afinal empresas como a Amazon e Google poderão vender o livro para qualquer cidadão do mundo (por assim dizer). Para um mercado estabilizado há anos,o advento do e-book abre um precipício para as editoras.E ainda penso que as pequenas e médias editoras vão ganhar muito com isso. Já as grandes...terão que sair da zona de conforto.
ResponderExcluirEi, esperamos mais comentários! Abraços,
Iuri Moraes
Olá, Mauro.
ResponderExcluirEncontrei seu blog depois de ler a reportagem na "Isto é dinheiro" sobre a chegada da Amazon no Brasil.
Parabéns pelo texto, retrata muito bem o que vem acontecendo no mercado livreiro no mundo. Eu, particularmente, acredito na convergência de mídias. Não acredito que o e-book possa acabar com o livro impresso ou vice-versa. Em minha opinião o e-book não pode ser simplesmente um formato eletrônico, seja em PDF ou EPUB, do livro impresso. O grande diferencial do e-book deve ser a interatividade. A possibilidade de trocar ideias, com o autor ou com outros leitores, sobre trechos do livro, sem precisar interromper a leitura , me fascina. O maior desafio das editoras será tornar possível essa interatividade e vender esta ideia ao seu público-alvo. E enquanto o e-book ainda não é uma completa realidade, vamos vender os livros impressos! Por que não?
Um grande abraço!
João Ricardo Abreu
e-mail: abreudasilva@gmail.com